quinta-feira, 11 de março de 2010

A América Pré-colombiana

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No século XIX, com o evolucionismo de Darwin contrapondo o criacionismo (Somos todos descendentes de Noé?), fosseis de homos sapiens sapiens com 40.000 anos supõe que o homem pré-colombiano, no ultimo processo da Era Glacial, surge na América pelo fluxo ocorrido vindo da Ásia (Behring) numa descendência malaio-poliponésica (Polinésia). Supõem-se essa migração por não ter sido encontrado fosseis anteriores que comprovassem a escala evolutiva dessa espécie no continente.

Dessa forma, com o processo de desertificação, alguns agrupamentos foram extintos, outros tornados nômades e, entre tantas outras vias, uma delas foi a sedentarização próximo aos rios (seguindo o curso dos animais pela sobrevivência); no entanto, esse sedentarismo aconteceu de forma lenta e, através da observação cíclica da natureza, o homem pré-colombiano passou a transformá-la deixando-se tambem ser tranformado por ela através das alterações ora naturais ocorridas no continente, ora necessárias sofrendo a influência do homem onde a existência de rios e lagos (próximo ao golfo do México) permitia a prática da agricultura. A primeira civilização americana foi chamada Theotihuacana.

À partir daí várias outras comunidades aldeãs foram se formando e dando origem as Altas culturas pré-colombianas (Asteca, Inca e Maia).

 

CONFEDERAÇÃO ASTECA

age-of-empire-3-warchiefs Theotihuacana tomou forma de Estado quando as comunidades aldeãs integraram a maior parte da sua produção fornecendo mão-de-obra para as obras públicas . Dessa forma, com o baixo nível tecnico das forças produtivas e sem tecnologia, abria-se a necessidade de criar obras públicas como forma de irrigação, por exemplo, na qual uma comunidade não conseguiriam realizar sozinha dependendo do Estado centralizando essa força de trabalho; submetendo-se, assim, a um poder central mediante a opressão e consentimento dando origem a Confederação Asteca.

Entendemos como confederação, nesse caso,  o conjunto de povos, cidades, territórios ou Estados unidos aos Mexicas e divididos em 38 províncias na qual conviviam povos de línguas, costumes e religiões diferentes. Povos como os Zapotecas, Totonacas, Mixtecas, Mexicas, entre tantos outros que, embora continuassem  a manter o seu poder (governo próprio) deixavam-se manter sustentado sob uma base cultural comum.

asteca_religiao Essa unidade cultural (religiosa, política, social, cultural e econômica) “sugerida” pelos Astecas, associada à força militar, é que legitimava o poder de Theotihuacana. Da apropriação diferenciada dessas bases é que foi permitido aos povos criar culturas diferentes e, consequentemente, níveis idferenciados de desenvolvimentos nas suas forças de trabalho.

O nível de subordinação desses povos em relação aos Astecas variava de acordo com o grau de evolução de cada povo onde os menos evoluídos, por dependência, sofria maior opressão deixando aos mais evoluídos uma relação de troca.

Embora a terra não fosse privada e nem individual, as comunidades possuíam o direito de seu uso que pertencia ao Estado.

Esse Estado, em razão de ser “necessário” extraía a maior parte da produção comunitária sob a alegação de utilizá-la para o desenvolvimento das comunidades, para o fortalecimento dos militares e, consequentemente, para a proteção de todos bem como para as oferendas aos deuses.

Nesse modo de produção o pagamento de tributos era fundamental pois assim o Estado controlava todos os modos de produção (inclusive os escravos) tornando-se cada vez mais necessário.

Foi desenvolvido em Theotihuacana o modo de produção asiático (considerado despotismo oriental, onde o governo é visto como uma divindade e ligado à classe sacerdotal) e tinha como característica um governo teocrático, centralizador, forte e com controle sobre a sua jurisdição; o campo ideológico era amparado por uma visão mística de mundo (com a existência de mitos que defendiam a origem do mundo e o fim dos tempos); onde os sacerdotes detinham o poder de fazer com que os deuses proporcionassem boas condições de vida. E daí o imperador, enquanto divindade, se colocava numa posição hegemônica.

As camadas dominantes detinham o privilégio do nascimento, ou seja, podiam transferir seu poder hereditariamente e essa minoria que explorava, composta de cima para baixo na escala, era composta por governante, sacerdotes, militares, comerciantes e funcionários reais; deixando para a maioria explorada de camponeses e escravos,  na base dessa escala, a facilidade da mobilidade social denotando, dessa forma, a sociedade estamental em que viviam.

 

 

 

 

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