terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ciclos Econômicos

 

 A PECUÁRIA NORDESTINA
os-trs-boiadeiros-thumb As primeiras cabeças a chegarem no Brasil vieram das Ilhas de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de São Vicente. Em 1550, Tomé de Sousa mandou uma caravela a Cabo Verde para trazer um novo carregamento, desta vez para Salvador. Da capital da colônia o gado dispersou-se em direção a Pernambuco e daí para o nordeste, principalmente Maranhão e Piauí.
Como a atividade canavieira se desenvolveu no nordeste, a atividade pecuarista também nesta região se concentrou, em terras do interior, reservando a zona litorânea á cana-de-açúcar. Dessa maneira a atividade criatória cumpriu um duplo papel: complementar a economia do açúcar e iniciar a penetração, conquista e povoamento do interior do Brasil, principalmente do sertão nordestino.
No entanto esse processo não ocorreu de imediato. Num primeiro momento o gado foi criado no próprio engenho, sendo utilizado como força de tração e alimento. O senhor de engenho era o dono dos animais.
Com o correr do tempo, a exigência cada vez maior de terras para o cultivo da cana-de-açúcar expulsou a boiada dos limites da área agrícola. Iniciou-se então uma segunda etapa, na qual existia uma nítida delimitação entre dois tipos de atividade, a agricultura e a pecuária, embora seguissem ainda vizinhos e interdependentes.
A partir do início do século XVII a atividade criatória torna-se mais independente, ocupa terras cada vez mais para o interior, pois o desenvolvimento dos rebanhos exige grandes extensões de terras para as pastagens. Os rebanhos se destinam ao mercado interno, principalmente aos engenhos, porém se tornam atividades separadas, e as feiras de gado tornam-se o elo de ligação entre ambos interesses. A primeira feira realizou-se na Bahia em 1614. É nesse momento que a pecuária pode ser vista como um fator de povoamento do interior.
Desde o século XVII, até meados do século XVIII a pecuária ocupou diversas regiões do interior do nordeste, tendo como centros de irradiação as capitanias da Bahia, onde o gado ocupou terras do "sertão de dentro" e de Pernambuco, ocupando as terras do "sertão de fora", sempre através dos rios, ao longo dos quais desenvolveram-se os currais. Diversos rios serviram como canais de integração entre o litoral, onde se concentrava a maioria da população da colônia e as novas terras ocupadas, abrangendo as regiões do Ceará, Piauí e Maranhão, para aqueles que partiam da Bahia, e as terras da Paraíba, e Rio Grande do Norte.


O ELEMENTO SOCIAL
vaqueiro-nordestino É importante lembrar que aqui surge a figura do vaqueiro, que se apresenta como um elemento a mais, na pouco complexa sociedade colonial.
Tratava-se de homens livres, não-proprietários de terras, que se encarregavam das boiadas, quase sempre pelo sistema de "partilha", recebendo certo número de reses, como pagamento pelo serviço prestado aos donos do rebanho - em geral o acordo era feito na base de um quarto do número total de cabeças, após cinco anos de serviço; eram ajudados por dez ou doze outros homens, conhecidos por "fábricas", que receiam um pequeno salário anual
Esses homens, rudes e duros, muitas vezes escravos fugidos das fazendas do litoral, foram os verdadeiros conquistadores do sertão, abrindo caminhos, fundando povoações e ocupando áreas antes totalmente virgens da presença dos colonizadores.

É preciso reconhecer, entretanto, que a penetração do gado e dos vaqueiros nos sertões do Nordeste nem sempre se verificou de maneira pacífica. Na Bahia, por exemplo, houve um enorme levante dos índios janduís e paiacus durante as últimas décadas do século XVII, obrigando o Governo-geral a solicitar a ajuda de bandeirantes vicentinos (os "sertanistas de contrato") afeitos desde há muito à guerra e à caça ao índio. Em socorro aos vaqueiros baianos vieram experimentados apresadores de indígenas, como Estêvão Parente, Domingos Barbosa, Brás Arzão, Domingos Jorge Velho, Cardoso de Almeida e outros, que foram empregados na repressão à chamada "Guerra dos Bárbaros" ou "Confederação dos Cariris". Muitos dos paulistas empregados nas guerras do norte não tornaram mais a São Paulo e preferiram a vida de grandes proprietários nas terras adquiridas por suas armas: de bandeirantes, isto é, despovoadores, passaram a conquistadores, formando estabelecimentos fixos.
A pecuária do nordeste, os-trs-boiadeiros-thumbque em princípio destinava-se a desempenhar o papel de atividade complementar à economia açucareira, de setor fornecedor de alimento e força de tração aos engenhos, ganhou considerável impulso com a descoberta do ouro das Gerais, nos fins do século XVII.

Importante lembrar que…

  • 1º Momento: A pecuária nordestina era um mercado de subsistência e existia apenas como renda complementar enquanto o Senhor de engenho mantinha o cultivo da cana de açucar.
  • 2º Momento: Segundo a orientação da Coroa, que via o espaço de tratamento de gados como um desperdício de terra fértil, o senhor de engenho viu-se obrigado a interiorizar a criação de gado.
  • 3º Momento: Surge a criação de fazendas no interior e junto com ela surgem os boiadeiros (figura que ganha parte ods gados nascentes e se alarga para o interior, ao redor do Rio São Francisco).

Assim,

  • Devido a distancia para o comércio, a criação de gado obteve uma circulação monetária pequena o que gerou a troca de mercadorias.
  • Com a expulsão dos holandeses no Século XVII e, por falta de necessidade dos gados para o engenho, houve uma involução que, devido a crise do açucar, forçou a criação dessa economia de subsistência, o que gerou um crescimento vegetativo, ou seja, um forte crescimento populacional dentro de uma economia de subsistência.
  • Por outro lado, a interiorização em consequencia da criação de gados no Brasil colonial ocasional na expansão territorial.

Os Bandeirantes

 bandeirismo Desde os primórdios, os colonizadores portugueses tinham pleno interesse em explorar as regiões interioranas do território brasileiro. A partir do século XVII, essa exploração se intensificou com a crise econômica que atingiu a economia açucareira em decorrência dos baixos valores obtidos no mercado europeu. Dessa maneira, a formação das entradas e bandeiras se tornou alternativa para que as dificuldades econômicas do período fossem superadas.

Havendo economias complementares no Brasil colonial como a pecuária nordestina que resulta na expansão territorial daquela regiao e, por Portugal não perceber o Brasil como um todo e sim enquanto terras (o que faz com que a Coroa dê as costas para São Vicente focando apenas o Nordeste) eis que Martin Afonso e toda a capitania de são Vicente (população vicentina) passam a fazer atividade de apresamento indígena (perseguir, prender e vendê-los enquanto escravos) como forma de sobrevivência.

Já no final do seculo XVI, com a substituição da escravidão indígena pelo africano (durante o processo de resistência, o que acarretou na criação dos quilombos), os senhores de engenho passou a contratar os bandeirantes para a destruição dos Quilombos e essa atividade ficou conhecida como “Bandeirismo de contrato” e , embora esses fatores conferiam aos bandeirantes um vasto conhecimento de localização, nao podemos esquecer que o foco do bandeirante era a mineração.

BANDEIRISMO

bandeirantes É o conjunto dos fatos referentes à época das bandeiras destinadas à conquista e povoamento do sertão brasileiro. A prática de atos que caracterizam os bandeirantes, ou a prática desses atos pelos próprios bandeirantes.
A questão do bandeirismo, evidencia as dificuldades das comunidades afastadas do centro exportador dominante, o nordeste açucareiro. Os paulistas viram-se compelidos a buscar meios de enriquecimento. Disto resultaram as bandeiras - empresas móveis, misto de aventureirismo épico, e oportunismo empresarial.
As bandeiras representaram um importante fator na configuração das fronteiras, pois dirigiram-se rumo às áreas desabitadas do interior, pelas quais os espanhóis não haviam se interessado, voltados como estavam para a mineração andina.
Devido à carência de recursos da terra à qual não tinham por que se prender, os paulistas dos primórdios acabaram por favorecer o surgimento de uma ideologia que muito ajudaria a classe dominante regional do futuro, a ideologia da iniciativa privada.
S. Paulo se colocou na vanguarda econômica e política da nação, essa ideologia muito serviu à classe dominante regional como instrumento do federalismo.
Devido ao aspecto do pioneirismo desbravador, o primitivo isolamento da comunidade paulista, contribuiu para a formação de uma mentalidade regionalista fortemente arraigada, cujo resultado último e extremo, veio a ser a Rev. Const. De 1932.
Na primeira grande fase do bandeirismo, o objetivo era aprisionar índios para vende-los como escravos em lugares que não usavam o negro por ser muito caro, era o único bom negócio possível aos paulistas. Tal negócio foi facilitado pois, devido à união Ibérica, o Tratado de Tordesilhas não estava em vigor, isto foi uma das causas da destruição do primeiro ciclo missioneiro no sul da colônia.
As bandeiras tiveram seu auge durante a ocupação de Angola pelos holandeses, pois foi interrompido o tráfego negreiro, e a mão-de-obra escrava escasseou ainda mais, gerando um aumento nos preços dos escravos. O seu declínio foi por ocasião da expulsão dos holandeses da costa africana, ao mesmo tempo em que os índios aldeados nas missões sulinas, começaram a reagir aos ataques dos bandeirantes. Após dois contra-ataques bem sucedidos, por parte dos índios, principalmente o "combate do M’bororé", os bandeirantes interromperam seus assédios às missões.
Segundo alguns autores, a palavra bandeira, talvez derive de "bando" (reunião de bandos). Possuía uma certa organização. Apesar de submetida a uma autoridade absoluta, era muito heterogênea. Cassiano Ricardo à definiu como "cidade que caminha", devido à sua diversificação social.
A alimentação dessas hordas, consistia principalmente de caça, pesca, coleta, e eventuais roças de milho (bivaques). As expedições duravam anos, e eventualmente havia quem as financiasse, o que reforça a idéia da combinação do espírito aventureiro, com o espírito empresarial, impregnado do desejo de lucro.
Quando o açúcar deixou de dar lucros, a Coroa resolveu encontrar metais preciosos. Houve a contratação de técnicos espanhóis pelo governo português, para ensinar aos os bandeirantes, as técnicas de mineração, e as bandeiras passaram a se dedicar à busca de pedras e minerais preciosos, tornado-se uma empresa quase estatal, ao final do século XVII.

A Mineração no Brasil colônia.

mineiracao2 Até o século XVII, a economia açucareira era a atividade predominante da colônia e o interesse metropolitano estava inteiramente voltado para o seu desenvolvimento. Porém, a partir de meados do século XVII, o açúcar brasileiro sofreu a forte concorrência antilhana, claro, os holandeses, uma vez “expulsos” passaram a produzir em suas colônias no Caribe, fazendo com que a Coroa portuguesa voltasse a estimular a descoberta de metais.

Os paulistas, que conheciam bem o sertão, iriam desempenhar um papel importante nessa nova fase da história colonial. Já em 1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias Pais, que, apesar de não ter descoberto metais preciosos, serviu para indicar o caminho para o interior de Minas. Poucos anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva – o Anhangüera – abriria caminho para o Brasil central (Goiás e Mato Grosso).

No Brasil, o ouro encontrava-se depositado na superfície ou em pequenas profundidades: inicialmente exploravam-se os veios (nos leitos dos rios), que eram superficiais; em seguida, os tabuleiros (nas margens), que eram pouco profundos; e, finalmente, as grupiaras (nas encostas), que eram mais profundas.

Com a crise açucareira no final do seculo XVII  foram encontradas pepitas de ouro e na transição do seculo XVII para o seculo XVIII a Corte começa a procurar novas formas de arrecadação onde os vicentinos, em parceria com Portugal, inicia o cilco da mineração. a corte financiava a expedição bem como enviava alguns tecnicos que, com o conhecimento do terreno por parte dos bandeirantes, muito rapidamente se descobriu os veios de ouro e junto com a exploração houve a dinamização econômica.

São Paulo – A descoberta das minas funcionou como um poderoso estímulo às atividades econômicas em São Paulo. Porém, no início do século XVIII, a sua população mal ultrapassava 15 mil pessoas e uma boa parte dela foi para as minas. Em compensação, recebeu um acréscimo populacional proveniente de Portugal e já no final do século XVIII tinha perto de 117 mil habitantes.

Assim, as lavouras foram se ampliando e multiplicaram-se as atividades manufatureiras. O porto de Santos ganhou súbita importância como porta de entrada para escravos e produtos importados europeus.

Como as minas necessitavam de animais de carga e transporte, alguns paulistas deslocaram­se para Paranaguá e Curitiba, onde dedicaram à criação. Outros foram buscar na região platina (Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina) o gado muar, essencial para o transporte.

Os caminhos para as minas – Situadas no interior do centro-sul, as minas eram localidades de difícil acesso. De São Paulo aos núcleos mineradores a viagem era de sessenta dias. Ha­via três caminhos de acesso. O que foi aberto por Fernão Dias Pais passava por Atibaia e Bragança e alcançava a Mantiqueira. O outro, saindo de São Paulo, percorria Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Jacareí, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena para chegar às três principais regiões mineradoras: Ribeirão do Carmo, Ouro Preto e rio das Velhas. Um terceiro caminho passava por Mogi-Guaçu e correspondia, grosso modo, ao traçado da Estrada de Ferro Mojiana, hoje desativada.

A Bahia possuía uma ligação com Minas muito anterior à descoberta do ouro. O caminho foi aberto pelos bandeirantes paulistas no século XVII do sul para o norte. A vantagem dessa via era a sua segurança e conforto. Não faltavam pastos para os cavalos, nem alimento para os viajantes. As estradas eram mais largas e podiam ser percorridas sem medo de ataques indígenas.

A Bahia estava apta a se integrar à economia mineira por várias razões: era um centro antigo de colonização e, como tal, tinha uma economia mais bem preparada para atender às demandas de Minas; a sua pecuária havia se expandido para o sertão e pelo rio São Francisco dirigindo-se para as minas; além disso, era um grande centro importador de produtos europeus e tinha a vantagem de estar mais próximo de Portugal do que os portos sulinos.

Como aconteceu com outras regiões, grande contingente de baianos foi atraído pelas mi­nas. Até senhores de engenho abandonaram tudo e se mudaram para lá com todos os seus bens e escravos.

Mas as autoridades coloniais não viam a integração da Bahia na economia mineira com bons olhos. Não interessava ao rei que os baianos abandonassem a economia açucareira. Havia ainda a preocupação com a venda de es­cravos dos engenhos para as minas. Por outro lado, o contrabando do ouro era difícil de ser controlado na estrada de Minas à Bahia. Por isso, a Bahia foi proibida de fazer comércio com as Gerais, exceto no que se refere ao gado. A proibição, entretanto, foi inútil. Contrariando as determinações, os baianos continuaram tão ativos no comércio com as minas quanto os paulistas e os fluminenses.

De qualquer modo, para efeitos legais, o comércio muito intenso mantido pelos merca­dores baianos com as minas era considerado contrabando. E uma das maiores figuras desse contrabando era, justamente, Manuel Nunes Viana, que teve um destacado papel no episódio da Guerra dos Emboabas.

O Rio de Janeiro, no começo, não dispunha de acesso direto às minas, o que dificultava o seu comércio. Mas rapidamente se beneficiou com a abertura do “caminho novo”, construído em três anos (de 1698 a 1701) e aperfeiçoado entre 1701 e 1707.

Com a sua abertura, a viagem do Rio para Minas poderia ser realizada em doze ou dezessete dias, conforme o ritmo da marcha. A vantagem do “caminho novo” era óbvia com­parado com o de São Paulo a Minas, no qual se gastavam sessenta dias. E essa vantagem teve importantes conseqüências, pois transformou o Rio no principal fornecedor das minas e na principal rota de escoamento do ouro. São Paulo sofreu os efeitos da nova situação, mas graças à descoberta de minas em Goiás e Mato Grosso as perdas foram contrabalançadas.

Sendo uma economia essencialmente importadora, a mineração dependia do abasteci­mento externo de alimentos, ferramentas, objetos artesanais, incluindo os de luxo, gado, principalmente o muar, para transporte e tração e, finalmente, escravos. Três agentes se encarregaram desse abastecimento: o tropeiro, que trazia alimentos e outras mercadorias; o boiadeiro e os comboieiros, que chegavam com os escravos.

A articulação econômica – Ao abrir-se como um grande mercado, a mineração foi responsável pela articulação econômica da colônia, integrando não apenas São Paulo, Rio e Bahia, mas também, através de São Paulo, a região sulina como um todo.

O gado muar era essencial como meio de transporte. E o principal centro produtor es­tava localizado na região platina, que, tradicionalmente, fornecia esse gado para as minas peruanas. Com a decadência destas últimas, um novo estimulo para a sua criação veio de Minas. Assim se intensificou a ocupação da região platina, que resultou, no final, na incorporação do Rio Grande do Sul ao domínio português.

Minas era também um grande mercado de escravos. A crescente demanda de mão-de-obra escrava provocou significativas alterações no tráfico. Na África, a moeda de compra de escravos era o fumo. A Bahia e Pernambuco tornaram-se, ao mesmo tempo, grandes produtores de fumo e agenciadores de escravos africanos, propiciando o aparecimento de arma­dores e traficantes brasileiros.

Os traficantes nordestinos chegaram a superar a concorrência de nações poderosas como Inglaterra, França e Holanda, batendo também os portugueses.

Beneficiados com a abertura do “caminho novo”, mercadores do Rio de janeiro se dedica­ram intensamente ao tráfico, utilizando, como moeda de compra de escravos, aguardente (pinga), açúcar e até ouro.

A intensificação do tráfico teve efeitos internos importantes. Na Bahia e em Pernambuco ocorreu a expansão da cultura do tabaco e, no Rio, do engenho de aguardente, destacando-se Parati.

Assim, atuando como pólo de atração econômica, a mineração favoreceu a integração das várias regiões antes dispersas e desarticuladas. Surgiu, desse modo, um fenômeno antes desconhecido na colônia: a formação de um merca­do interno articulado. Outra conseqüência importante da mineração foi a de ter deslocado o eixo econômico do nordeste para o sul, valorizando principalmente o porto do Rio de Janeiro. Não foi por acaso que em 1763, na administração pombalina, a capital da colônia acabou transferida da Bahia para o Rio de Janeiro.

É importante lembrar que…

  • A mineração era uma economia itinerante e interiorizada e que culturalmente a escravidão ja fazia parte da vida dos habitantes brasileiros.
  • O Bandeirismo e a exploração das minas trouxeram a expansão territorial.
  • A criação de estradas reais entre outras, foram formas de controle para assegurar “o quinto” de direito da Coroa.
  • Marquês de Pombal trouxe para o Sul (nota-se que no periodo colonial o sul era compreendido como toda a regiao sul e sudeste) toda estrutura e atenção, incluindo a Capital para o Rio de Janeiro, porque ali se encontravam todas as riquezas.

 

O Século XVIII

o-ciclo-da-cana-de-acucar75-jp Portugal e Espanha eram os únicos países europeus que possuíam colonias de exploração e, em pleno mercantilismo, todos os grandes negocios da Corte portuguesa no inicio do seculo XVIII (1703) foram feitos através de tratados e, entre eles, o “Tratado de Methuen” ou Panos e vinhos, feito com a Inglaterra; esse tratado defendia a abertura dos portos para o vinho portugues enquanto a Inglaterra repassava seus tecidos para Portugal pelo mesmo preço vendido dentro da prórpria Inglaterra e, com isso, a Corte, sem manufaturas, comprava quantidades imensas de tecidos da Inglaterra.

Esse fato era irrelevante enquanto a Portugal tinha recursos, entretanto, com a crise açucareira a Corte começa a sentir a consequencia da crise sem, no entanto, deixar de firmar o tratado com a Inglaterra fazendo, desse modo, o ouro brasileiro ser deixado todo na Inglatera. Com isso podemos afirmar que parte da Revolução Industrial foi financiada pelo ouro brasileiro.

O esgotamento das minas gerou dois problemas: um interno (dificuldades financeiras por parte de investidores mineradores) e o outro de ordem externa (cuja sustentação do ouro brasileiro sobre o consumo português acaba) e o ministro Marquês de Pombal duarante o reinado de D. José I (17560 – 1777) tenta ainda buscar alternativas para sanar a crise do antigo regime.

Levando em consideração um novo prisma levantado pelos iluministas que questionavam a politica absolutista, a economia mercantilista a sociedade privilegiada da nobreza e a liberdade e igualdade (inclusive religiosa), propondo assim o ministro, uma politica constitucional, de economia liberalista dentro de uma sociedade composta por cidadãos privilegiados; essas idéias (revoluções burguesas) contestam o antigo regime e originando a idade moderna. Assim, Portugal tenta se modernizar para manter seus interesses absolutistas.

O fracasso do industrialismo: se fossem os lusos dotados, ainda que minimamente, dos modernos conhecimentos mecânicos, ou que pelo menos demonstrassem interesses neles, seria inevitável que os trouxessem na atravessia do Atlântico e os aplicassem no Brasil, como ocorreu com os ingleses que emigraram para as colônias americanas que implantaram na Nova Inglaterra um respeitável parque fabril ainda antes da Independência.
Exemplo dessa inapetência lusa foi o fracasso da política manufatureira estimulada pelo Marquês do Pombal a partir de 1759 - uma retomada do pequeno surto fabril de 1720-40 -, quando o déspota (D. José I), com o fito de limitar a influência do ingleses, determinou que se concedessem insumos para a instalação de fábricas “de panos de lã, tecidos de algodão, sedas, chapéus, tapeçarias, fundição, serralharia, relojoaria, botões e vidro”. Esperava ele que a proliferação delas, graças a importação de técnicos estrangeiros largamente favorecidos pelo estado, servissem “de escola e incentivo para os nacionais”. Infelizmente como se constatou isso não se verificou, as manufaturas não prosperaram, não conseguiram superar o universo artesanal majoritário, nem fizeram com que se apresentassem voluntários a querer copiar-lhes o exemplo.

Crise do Antigo Regime

iluminismo(1) A crise se dá pelos questionamentos do iluminismo (pensamento da burguesia) e esse movimento é revolucionário e questiona o absolutismo monárquico denro da europa.
Enquanto a Inglaterra, frança e Holanda constrói seu mercantilismo manufatureiro e, à partir daí, cria as suas revoluções; Portugal opta em manter o seu sistema antigo de mercantilismo, onde precisava de uma colonia de exploração para se manter sem dar por si que este se tornara um sistema econômico falido dentro da Europa.

No Brasil, a crise foi refletida baseado no Antigo Sistema Colonial (entende-se aqui o exclusivismo do pacto colonial) onde a elite (que não se preocupava com o absolutismo do rei, uma vez que ja se mantinha distante dele) questionava o exclusivismo e a busca pela liberdade de comércio iniciando, com isso, as rebeliões coloniais a que passamos a chamar de Movimentos sociais.

Esses Movimentos Sociais que aconteceram até 1750 (seculo XVIII) poderiam ser chamados de “Nativistas” uma vez que a jovem elite não havia sido contagiada pelas idéias iluministas e, sendo estes movimentos genuinamente brasileiros, calcados em problemas e em busca de soluções sem influências, uma vez que determinados problemas só aconteciam no Brasil e de forma bem localizada.

À partir de 1750,  os jovens intelectuais brasileiros se apropriam de algumas idéias inovadoras do iluminismo para lançar seus questionamentos sobre a liberdade política. assim, o iluminismo motivou as revoluções burguesas que trouxeram o fim do Antigo Regime e a instalação de doutrinas de caráter liberal.

É importante lembrar que…

  • Os movimentos não tinham uma mentalidade de Brasil enquanto nação, ficando a cargo de cada antigo Estado a defesa de seus interesses e direitos vindo a ser criado a idéia de nação Brasileira apenas com a formação da República.

2 comentários:

  1. Belo blog! To seguindo ja!!!![

    Tenho um tambem. Um pouco diferente, mas acho que vai gostar.

    Manifestando-se!!!: www.dennisportell.blogspot.com

    Grande abraço!

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  2. ok Dennis visitei o seu tbm, parabens tbm to t seguindo. abç.

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